domingo, 25 de maio de 2008

CÍRCULO DE FERAS




Estudo Gestão de Turismo no CEFET-PE com um turma que adoro e temos esse semestre uma cadeira chamada 'Gestão de Animação Turística', mas que poderia se chamar 'Polemização ou A Arte de não partir para a Guerra', tamanha é a quantidade de temas polêmicos que nosso professor, Bocão, nos traz para nos "fazer refletir" , como se justifica ele.


Dia desses veio à baila o tema pena de morte. Sério , não é?

Mas antes desse, foi discutido o tema: a busca sem limites pela beleza. O que dita a beleza (?), cirurgia plástica, bulimia, auto-estima, pressão da mídia(?), só da mídia (?). Aceitar-se como se é ou mudar o que não se aceita? Todo mundo condenou o exagero. Mas o que é exagero eu não sei, não sei quem decide o que é, e isso não foi discutido.


Rafaela parecia defender o direito de mudar em si o que não se aceita. Raquel se ergueu em defesa do aceitar-se como é. Sem querer alfinetou as loiras falsas. Giweida, our lovely fake blonde*, defendeu o direito à recorrer a química sempre que quisesse ter nos cabelos cores que a agradassem mais do que aquelas que a natureza lhe deu.


Sweet Raquel exerceu com maestria A Arte de não partir para a Guerra, indo rir junto com Giweida sobre a flecha disparada para quem servisse a carapuça. Ou nesse caso flecha... Ou nem flecha, nem carapuça... Ah! Acho que já deu pra entender, não deu?
Essa foi até fácil. E falar sobre pena de morte ?


Assunto em pauta, o professor pede uma contagem dos que se dizem contra e os que se dizem a favor da pena de morte. A turma se divide meio a meio. O professor desempata, ficando entre os que são contra a pena capital. De um lado e do outro, alguns se expressam cheios de "poréns" e "se". De "Se" eu gosto mesmo é daquela música do Djavan. Ok. Também me dou o direito de não ter certezas inabaláveis, mas sobre esse assunto prometo não ficar em cima do muro.
Raquel e Giweida, que na outra discussão pareciam em lados opostos , se disseram contrárias à pena de morte. Raquel é contra incondicionalmente. Giweida é contra por motivos que me parecem ser possíveis de serem alterados, parecendo-me, portanto, uma opinião condicional. Victor Hugo é a favor da pena, mas com tantas condições que só numa sociedade perfeita ela caberia, e, numa sociedade perfeita assim talvez já tenhamos achado outras alternativas.


Depois de mais alguns "se" e "poréns", um defensor da pena de morte dispara um "se fosse minha filha..."
Antes de dizer minha opinião a respeito desse tema, quero falar de Gabriel, o fruto de meu casamento que foi bom, e também muito ruim, enquanto durou.
Sempre soube que seria pai, sem pressa, mas com essa certeza. Capricorniano que sou, não dá pra culpar apenas meu ascendente em câncer por ter me tornado mais chorão de uns tempos pra cá. Deve-se também a Gabriel, meu pequeno canceriano com ascendente em aquário, esse perpétuo desconforto por caminharmos ainda entre feras. Preocupa-me quanta maldade seus lindos olhos extremamente escuros ainda verão nesse mundo.


"E se fosse com teu filho?" Se o ser que pôs mais válvulas no meu coração fosse vítima da fera que habita um ser humano? Desejaria não só a morte a essa fera mas que fossem minhas as garras que retirassem dela a vida.
Hum, então sou a favor da pena de morte? Total e incondicionalmente contrário, porque a justiça deve existir como coleira para as feras que (não se engane) habita em cada um de nós, sendo as leis os chicotes para os domadores de leões. Pois, em vez de retrato do que somos, as leis devem ser retrato do que almejamos ser.


Se fosse com filho, e eu tivesse a chance...
Ainda assim : sou contra a pena de morte!






*our lovely fake blonde = nossa adorável falsa loira

Um comentário:

Nyx disse...

Ai, q texto foi esse, bein?

A h a s o u!

Beeem, primeiro: a disciplina chama-se 'Gestão de Animação Turística', ok? Brincadeira minha (rs); ela bem q deveria se chamar de 'Recreação' mesmo.

Segundo: eu n tava nessa aula; francamente eu nem curto a aula de Bocão; acho o cara perdido, mas td bem.

Terceiro: sou a favor da liberdade de ser como se quer ser (mesmo se for um qrer ditado ou uma vontade própria), pq tipo, cada um faz o q quer da vida, cada um q faça suas escolhas, viva como qser; n curto criticar a inicitiva de 'qrer mudar' das pessoas; claro q tem pessoas q exageram, mas esse é um caso q a pessoa tem q ter consciência (e eu aq esperando consciência das pessoas), bom senso. Eu, particularmente, n sou feliz c algumas coisas no meu corpo (barriga e cabelos q os digam); se algum dia eu tiver money pra bancar a mudança, farei; c responsabilidade, cuidando da minha saúde e n de qualquer jeito, em qualquer clínica, a qualquer custo; td bem planejado e tals.

Quarto: pena de morte... Tem crimes q me fazem qrer q as pessoas morram da pior forma possível (esse de Isabella, por exemplo, me fez sentir isso mais uma vez; e tantos outros, milhares). Como todos sabemos, a lei é para todos; mas como todos sabemos, ainda mais, isso é só na teoria linda e maravilhosa. Pra o Brasil, país onde as coisas n funcionam como deve ser, eu n sou a favor da pena de morte. Aq no Brasil os Nardoni teriam esse fim? Certamente q n.

Vc citou o 'e se fosse c meu filho...'; vjo isso e penso: ai, eu ia qrer um fim horrendo pra uma criatura q fizesse uma maldade c um filho meu, n minto.

Bem, é isso q eu acho. Se vou mudar, n sei.