"Fui cantando no Paralamas enquanto não achávamos um cantor. Não achamos até hoje". 
Já faz mais de uma década que ouvi o frontman da minha banda favorita proferir essas palavras em um programa do Jô Soares. Mesmo sendo um dos maiores guitarristas do rock brasileiro, não dá pra dizer que Herbert Vianna nasceu com uma voz privilegiada, mas dando o seu melhor, melhor do que esperava de sim mesmo, se tornou a voz  de uma das bandas bases na história do rock nacional.  

 João, o evangelista, narra que, quando a fama de Jesus começava a se espalhar, um homem chamado Natanael perguntou: "Pode algo de bom sair de Nazaré?"(João 1:46). 
Pode algo de bom pode vir do Nordeste?

Eis que, para o show de retorno dos Paralamas do Sucesso após o já  notório acidente de ultraleve sofrido por Herbert Vianna, foi escolhida a cidade de nascimento do guitarrista e vocalista da banda, João Pessoa, na Paraíba.
Duvidam de nós, e às vezes duvidamos de nós mesmos. Mas teimamos em fazer, e teimamos em surpreender. Esqueça que é impossível, e, faça.

Recomeço

 Well, well, well... Mais de dois anos desde a última postagem. Tanta coisa que aqui escrevi não se parece mais comigo. Sinal de evolução? Talvez os próximos textos respondam. Ou não. Hora da faxina. Será que aquela filosofia (filosofia?) chinesa, o feng shui, ajuda? Seja como for, algumas postagens antigas vão ser retiradas simplesmente pelo meu sentimento de "como eu pude escrever isso?". Envergonhar-se do que falou e do que fez me parece um bom sinal. A frase "Je ne regret rien" (eu não me arrependo de nada) pode ficar linda naquela música imortalizada pela Édith Piaf, mas aprender com os erros significa que você faria diferente se pudesse. Não precisa ser a tal "metamorfose ambulante" cantada por Raul, mas, pra terminar com mais um clichê, pra frente é que se anda. 

  O Candrel está de volta. Anamastê, minha gente!!!