quarta-feira, 18 de junho de 2008

O FIM! DE QUEM???

Vaidade todo mundo tem. Artista mais do que ninguém expõe a sua, e há dois tipos de vaidade perigosos para um artista principalmente. O primeiro tipo é daquela em que o artista faz de tudo para agradar, faz de sua obra algo digerível para a maior parte das pessoas, tudo bem intencional. Essa vaidade gera trabalhos de fácil absorção mas esquecíveis.
O segundo tipo acontece quando o artista começa a acreditar que que tudo o que faz é bom, e quem não gosta é porque simplesmente não o entendeu. Aqui ou ali, essa vaidade pode gerar acidentalmente algumas obras de arte, mas vários trabalhos ridículos entre elas.

Assisti , na estréia, ao aguardado novo filme do indiano criado (e radicado) nos EUA, M. Night Shyamalan: "O Fim dos Tempos (The Happening)" .
A julgar pelos gatos pingados da sessão eu era um dos poucos a considerá-lo "aguardado".

Começa a sessão. Mark Wahlberg, o protagonista, não convence no papel de professor de biologia. A atriz que interpreta sua esposa no filme , resume sua interpretação a arregalar os belos olhos. Meus olhos não são tão belos mas arregalá-los eu também sei. Humm, mas ... ninguém convence no filme, tudo parece ensaio, primeiro take... Não, a culpa não é dos atores.
Considero-me um ótimo espectador pois não importa o quanto uma idéia seja esdrúxula , eu creio que ela possa gerar um belo trabalho de arte. Boas idéias muitas vezes resultam em boas porcarias.



"O Culpado é esse aí!" : na fota abaixo, Shyamalan na noite de estréia de "The Happening - O Fim dos Tempos"




Mas, vejamos o enredo de "O Fim dos Tempos" : na costa nordeste dos Estados Unidos as plantas deliberadamente (ou seja, intencionalmente!!!) atacam os seres humanos expelindo toxinas no ar que fazem com que as pessoas se matem, se -suicidem. Nosso herói (o professor de biologia) com um grupo de pessoas foge das plantas pelo meio do mato!
O filme é isso, pode acreditar. O resto é enchimento de lingüiça, e como embutidos é especialidade de alemão, e não de indiano, minha torcida pela recuperação de Shyamalan foi se transformando em perplexidade a cada cena vergonhosa em que eu me via pedindo mentalmente "não, Shyamalan, você não fez isso, fez?"
A pior : o vento soprando entre arbustos cria a cena de perseguição mais estranha que já vi no cinema. Criativo? Não há dúvida. Uma criativa ode a vaidade sem limites quando se tem dinheiro e prestígio nas mãos.
Eu já disse pra esquecerem A Dama na Água, mas agora eu peço que lembrem. ...E se forem ver esse daqui a culpa não é minha.
Demorou , eu sei, mas vou virar essa página.

Será que aquele filme de guerra do Tom Cruise vai prestar ? Quero ver o Curinga do próximo filme do Batman.









O PEQUENO MESTRE DO XADREZ

Como desculpa pra mudar de assunto permitam-me uma corujice : falarei de Gabriel, meu filhote.

Nas férias de janeiro aproveitei os 15 dias que passamos juntos eu e ele para brincar de fazer palavras e assim ajudá-lo a aprender a ler de um modo divertido. Mês passado pude ver mais claramente os frutos de nossas brincadeiras quando Gabriel me disse que já estava lendo placas nas ruas e embalagens. Ao ver minha empolgação , meu pequeno herói exibia alegremente seus novos super poderes.

Não esperei coisa alguma, fomos direto ao Atacado dos Presentes na Avenida Conde da Boa Vista comprar um xadrez pra estimular seu raciocíneo lógico.


Já na casa da minha mãe, jogando a primeira partida de xadrez com Gabriel, toca o telefone e minha mãe atende. Era meu irmão, o tio César, perguntando pelo sobrinho. "Está jogando xadrez com o pai" , responde minha mãe, vovó Fátima.



"Danou-se!!! Já?" , admira-se César. "Na caixa dizia ' a partir dos 6 anos!' " defendi-me.



Pois é, meu pequeno angel non-angel completa completa 6 anos no próximo dia 25 (nasceu em 25 de Junho de 2002) e já teve sua terceira partida de xadrez no último domingo. Num certo momento o ousadinho meteu a torre pra cima do meu rei e avisou "Xeque!". Ficou exposto. Defendi o rei com o cavalo, puxei a minha torre pra cá... Estava eu dando minha aula explicando a Gabriel que sua torre estava cercada por dois cavalos e uma torre minha. Cercado , sem saída e..."Eu faço isso" , sem cerimônia com a própria torre, que eu julgava cercada, tomou um peão meu e escapou do cerco fácil, fácil.



Subestimei o bambino e ele começou cedo a superar o pai. Gabriel, meu amor, que os anjos digam amém!

3 comentários:

Anônimo disse...

Em se tratando do filme... Pra mim a criatividade do diretor começou e acabou no Sexto Sentido... Já com relação ao seu filhote, acho massa você ser "coruja" assim.. Ah, outra coisa, ele tá melhor que eu, com quase 23 anos nunca aprendi a jogar xadrez! Hehehehe... Beijos! P.S.: Morguei indo pro CEFET hoje, nem teve aula! ¬¬

Nyx disse...

Ai meu Deus, dai-me forças... rs

Oh, vou fazer assim, senão n é capaz q eu n sobreviva: passo The Hapenning tbém. Eu n sou de julgar uma coisa sem antes vê-la, mas - pausa pra frase pobre - pra td se tem uma first time. My first time arrived.

P a s s e i...

Ai, fofix demais vc falando do seu filho! Já tinha elogiado esse seu lado, sua sensibilidade, enfim, suas nada discretas provas de amor intenso para ele...

Digo, one more time: a h a s o u!

Um pedido: sou mei rude (mentira, sou demais rude) c xadrez, mas vou ousar (fazer vc perder a paci): me ensina?

Merci! (Merci?)

IPJA disse...

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